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quina hoje,Explore o Mundo Mais Recente dos Jogos com a Hostess Bonita Popular, Descobrindo Aventuras e Desafios que Irão Testar Suas Habilidades ao Máximo..Começou a sua carreira em 1952, nos Hospitais Civis de Lisboa, no Hospital dos Capuchos. Nessa altura, assistiu às péssimas condições de trabalho, com trinta turnos nocturnos obrigatórios, que supostamente deviam durar apenas doze horas mas que frequentemente chegavam às 24 horas, e muitas vezes apenas com um dia de folga por semana. Começou a lutar por melhores condições de serviço, tendo uma das suas primeiras iniciativas sido a organização de um baixo-assinado, dirigido a António de Oliveira Salazar, ao Cardeal Cerejeira e ao Enfermeiro-mor dos hospitais, em protesto contra uma lei que proibia o casamento por parte das enfermeiras. Este baixo-assinado, que conseguiu reunir várias centenas de assinaturas, foi feito na sequência do despedimento de doze colegas suas, por terem casado sem a devida autorização. Com efeito, o Decreto-lei nº 28794, de 1 de Julho de 1938, ordenava que as mulheres só podiam trabalhar nos serviços de enfermagem e interno caso fossem solteiras e viúvas, e sem filhos, devendo ser substituídas se deixassem de cumprir estas condições. A lei que proibia o casamento por parte das enfermeiras só foi revogada depois de vários anos de protestos, com o decreto nº 44923, de Março de 1963. Em 1953, foi detida pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado quando estava a dirigir-se para a sede do Movimento de Unidade Democrática Juvenil, na antiga freguesia de Anjos, ao qual aderira. Os outros jovens que foram presos na mesma ocasião acabaram por ser libertados, mas Isaura Borges Coelho ficou detida devido ao abaixo-assinado que tinha organizado recentemente a favor dos direitos das enfermeiras, sendo conhecida pela polícia política como a ''casamenteira''. Foi torturada pela polícia política, tendo sido espancada e arrastada pelos cabelos em frente ao seu advogado, Lopes Correia, ele próprio violentamente atacado. Os relatos do seu tratamento geraram protestos, incluindo a distribuição de folhetos pela sua libertação em Lisboa. Na altura do seu julgamento, a polícia política utilizou um estratagema comum dos seus agentes ocuparem os bancos destinados ao público, negando desta forma o acesso por parte dos seus apoiantes. No entanto, alguns deles conseguiram entrar na sala do tribunal, incluindo o escritor Alexandre O'Neill, a escritora Maria Lamas, o engenheiro Álvaro Veiga de Oliveira e Maria Isabel Aboim Inglês.,Ficheiro:Goya - Valor varonil de la celebre Pajuelera en la de Zaragoza.jpg|No. 22: ''Valor varonil de la celebre Pajuelera en la de Zaragoza'' (Valor viril da célebre Pajuelera na praça Zaragoza).
quina hoje,Explore o Mundo Mais Recente dos Jogos com a Hostess Bonita Popular, Descobrindo Aventuras e Desafios que Irão Testar Suas Habilidades ao Máximo..Começou a sua carreira em 1952, nos Hospitais Civis de Lisboa, no Hospital dos Capuchos. Nessa altura, assistiu às péssimas condições de trabalho, com trinta turnos nocturnos obrigatórios, que supostamente deviam durar apenas doze horas mas que frequentemente chegavam às 24 horas, e muitas vezes apenas com um dia de folga por semana. Começou a lutar por melhores condições de serviço, tendo uma das suas primeiras iniciativas sido a organização de um baixo-assinado, dirigido a António de Oliveira Salazar, ao Cardeal Cerejeira e ao Enfermeiro-mor dos hospitais, em protesto contra uma lei que proibia o casamento por parte das enfermeiras. Este baixo-assinado, que conseguiu reunir várias centenas de assinaturas, foi feito na sequência do despedimento de doze colegas suas, por terem casado sem a devida autorização. Com efeito, o Decreto-lei nº 28794, de 1 de Julho de 1938, ordenava que as mulheres só podiam trabalhar nos serviços de enfermagem e interno caso fossem solteiras e viúvas, e sem filhos, devendo ser substituídas se deixassem de cumprir estas condições. A lei que proibia o casamento por parte das enfermeiras só foi revogada depois de vários anos de protestos, com o decreto nº 44923, de Março de 1963. Em 1953, foi detida pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado quando estava a dirigir-se para a sede do Movimento de Unidade Democrática Juvenil, na antiga freguesia de Anjos, ao qual aderira. Os outros jovens que foram presos na mesma ocasião acabaram por ser libertados, mas Isaura Borges Coelho ficou detida devido ao abaixo-assinado que tinha organizado recentemente a favor dos direitos das enfermeiras, sendo conhecida pela polícia política como a ''casamenteira''. Foi torturada pela polícia política, tendo sido espancada e arrastada pelos cabelos em frente ao seu advogado, Lopes Correia, ele próprio violentamente atacado. Os relatos do seu tratamento geraram protestos, incluindo a distribuição de folhetos pela sua libertação em Lisboa. Na altura do seu julgamento, a polícia política utilizou um estratagema comum dos seus agentes ocuparem os bancos destinados ao público, negando desta forma o acesso por parte dos seus apoiantes. No entanto, alguns deles conseguiram entrar na sala do tribunal, incluindo o escritor Alexandre O'Neill, a escritora Maria Lamas, o engenheiro Álvaro Veiga de Oliveira e Maria Isabel Aboim Inglês.,Ficheiro:Goya - Valor varonil de la celebre Pajuelera en la de Zaragoza.jpg|No. 22: ''Valor varonil de la celebre Pajuelera en la de Zaragoza'' (Valor viril da célebre Pajuelera na praça Zaragoza).